Actualmente, quem quer seguir por um único caminho profissional, corre o risco de rapidamente ficar desmotivado, estagnado e, consequentemente ultrapassado. Isto porque, cada vez mais o mundo pede actualizações constante, conhecimentos variados e amplos.
Devido á frenética aceleração da sociedade orientada para o consumismo e para a evolução, a máquina laboral está cada vez mais afinada para detecção de criativos e apaixonados pelo “novo”, e tudo o que seja diferente acaba por ser inovador e valioso – pois tudo o que seja novidade é o maior argumento para o consumismo.
Vejamos, na prática o que se passa todos os dias...
Antoine-Laurent de Lavoisier ficou célebre pela sua frase:
“Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.
Adaptando este afamado pensamento para o contexto da inovação, podemos dizer que tudo o que havia para criar está criado. É simples!
Tudo já existe, e se tudo existe, nada de novo há para criar, mas tudo se pode recriar!
No mundo actual, o novo conceito de inovar já não é inventar - como nos tempos de Einstein.
Inovar é reinventar o já inventado. Criar é recriar o que já foi criado.
Vejamos um exemplo:
A comunicação já existe há milhões de anos, conforme a ciência comprova através do princípio homeostático (o regulador da vida). Há milhões de anos, através do desenvolvimento e criação do sistema nervoso, foram abertos caminhos naturais para os movimentos complexos, para as mentes, para os sentimentos e para a consciência.
É aqui entra a linguagem não-verbal.
Á medida que os indivíduos desenvolveram a aprendizagem e a memória, nada mais foi o mesmo.
Os indivíduos começaram a criar e manipular – e bem, diga-se – para seu beneficio biológico.
É aqui que entra o desenvolvimento do processo de expansão intelectual a que se juntou a linguagem verbal. Isto permitiu o início da comunicação que deu origem a um processo de constante evolução pela mão do Ser-Humano.
A partir daqui o Ser-Humano iniciou o chamado processo criador.
A comunicação começou a ser interactiva – os gestos, os sons e algumas palavras eram a base para a criação de novas formas de comunicação.
O Ser Humano começou a comunicar os acontecimentos através de gravuras nas rochas, enquanto a evolução da linguagem originou a criação de um novo código de comunicação. Então, as gravuras passaram a ter menos ênfase, dando lugar às escrituras sob forma de palavras gravadas – novamente em rochas -, posteriormente inovando para a escrita em peles de animais e depois sim, o papel!
A aventura da comunicação continua através da comunicação á distância, sendo criado os mensageiros que percorriam distâncias enormes para entregar as mensagens escritas.
Os seres humanos usaram a sua inteligência para ir mais longe e aproveitaram os animais para os ajudar nesta tarefa. Os pássaros, como as águias e os pombos, foram treinados para estas tarefas.
Seguiu-se então um processo diferente. A introdução da tecnologia.
A criação de máquinas para ajudar na tarefa da comunicação.
A máquina de escrever, o telefone, o fax, o rádio, a televisão, o telemóvel, a internet, o smartphone, entre outros equipamentos variados que conhecemos actualmente.
O que virá a seguir?
O que alguém irá inovar de futuro, dando lugar a um novo patamar da comunicação? Como será a comunicação no futuro? Alguém consegue imaginar onde chegaremos?
E quais as implicações da comunicação sobre a vida humana social? Enfim, estas são outras questões que embora importantes, fogem do tema inicial aqui relatado.
Focando no nosso tema, podemos afirmar que a comunicação sempre existiu. O que mudou foi a interacção na comunicação. O que aconteceu?
A inovação deu lugar a novas necessidades.
As novas necessidades foram criadas a partir da inovação, e a inovação deu-se a partir da criatividade.
Portanto, identificamos aqui um factor chave para o sucesso profissional. A criatividade!
Mas, nestes tempos modernos e acelerados, a criatividade chega? A resposta é óbvia. Não! A criatividade não chega.
Os tempos mudaram, as necessidades são diferentes de outros tempos.
Segundo as autoras do livro “Becoming Brilliant – What Science tells us about raising sucessful Children”, Roberta Michining Golinkoff e Katty Hirsh – Pasek, passo a citar:
“Mais importante do que memorizar é saberem comunicar, colaborar e apreender novos conteúdos. Terem pensamento crítico, inovação criativa, confiança para arriscar. Então sim, estarão prontas para os desafios laborais.”
Mas chegará?
Na minha perspectiva, não!
Então eu pergunto – Como adquirir estas tão importantes características?
Aqui, a minha opinião é francamente básica, mas com uma complexidade emotiva, que denota conteúdo estrutural, encaixando-se na base do descrito pelas autoras.
Então, eu afirmo com toda a segurança que, para que as crianças e jovens adquiram as competências defendidas pela Roberta e Katty, é essencial um bom auto-conhecimento.
Para isso é essencial uma boa dose de comunicação interna.
A chave para as nossas crianças e jovens se distinguirem, de futuro, com sucesso e felicidade no mercado de trabalho está, a meu ver, no Coaching e na Programação Neurolinguística – PNL.
O processo de Coaching e PNL consciencializa o jovem para o seu próprio processo de comunicação interna, com vista a uma comunicação mais criativa e interactiva com o mundo ao seu redor. Este é um dos aspectos enriquecedores quando qualquer pessoa embarca numa aventura de compromisso com um processo de Coaching.
O padrão actual de procura de emprego é também diferente do passado. Se antes a dimensão e a alta facturação de uma empresa bastavam para atrair talentos, actualmente as novas gerações preferem uma empresa com quem se identifiquem. Isto quer dizer que no passado procurava-se um emprego para a vida, enquanto actualmente procura-se um desafio orientado para um propósito de vida pessoal.
Observo esta realidade nos jovens.
Reparem, um dos meus clientes, um jovem com quem trabalhei, buscava adquirir conhecimentos por via universitária. A meio do processo de Coaching, a definição do seu futuro começou a ficar mais clara e a escolha do curso estava mais direccionado. Então numa das suas reflexões em sessão a resposta do jovem foi, passo a citar:
“Quero um emprego que me permita ajudar a mudar o mundo. Fazer o que tu fazes, mas de uma forma mais direcionada para a arte aliando a tecnologia. Quero algo que me permita ser um gestor de topo, aliando os objetivos financeiros dos acionistas a um serviço solidário com jovens sem oportunidades como as que eu tenho.”
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